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Linha Editorial: Artigo Científico
Investigação epidemiológica:
Estudo de caso sobre a hanseníase na cidade de Peixoto de
Azevedo - MT
Flaviana de Jesus Coelho (UNIFAMA)
1
Jacson Rio Teixeira (UNIFAMA)
2
Elen Juliana Farias (UNIFAMA)
3
Nayara Moreira Guimarães (UNIFAMA)
4
Angélica Cândida Ferreira
5
Arlete Tavares Buchardt
6
Ivson Lelis Gama
7
Lizandra Carla Pereira de Oliveira
8
Raquel Kummer
9
Resumo: Hanseníase consiste numa doença contagiosa, que ficou conhecida como lepra,
atinge a pele, assim como os nervos periféricos, ocasionando lesões neurais. É uma
enfermidade crônica, transmitida através de contado com uma pessoa infectada e sem o
devido tratamento, pelo Mycobacterium leprae. Este agente etiológico é liberado no ambiente
pelas vias aéreas, podendo infectar uma grande quantidade de indivíduos. Os casos de
hanseníase precisam ser notificados compulsoriamente, sendo registradosa nível nacional. A
infecção pode ocorrer em qualquer pessoa, homens ou mulheres, em qualquer faixa etária,
sendo que em mulheres são registrados os maiores índices, nas faixas etárias entre 50 a 59
anos de idade. O objetivo desse trabalho foi fazer um levantamento epidemiológico sobre
hanseníase na cidade de Peixoto de Azevedo-MT, entre os anos de 2017 a 2019. O estudo
foi realizado através de artigos para compor a bibliografia e uma pesquisa na Secretaria de
Saúde da cidade, com dados obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de
1
Flaviana de Jesus Coelho, Licenciada em Computação pela Universidade Estadual de Mato Grosso
(UNEMAT Colíder, 2017), Bacharel em Farmácia pela Faculdade UNIFAMA de Guarantã do Norte-MT.
flavinha.gg@hotmail.com.
2
Jacson Rio Teixeira, Bacharel em Farmácia pela Faculdade UNIFAMA de Guarantã do Norte-MT.
rogerarzabe@gmail.com.
3
Elen Juliana Farias, Bacharel em Farmácia pela Faculdade de UNIFAMA de Guarantã do Norte-MT.
rogerarzabe@gmail.com.
4
Nayara Moreira Guimarães, Bacharel em Farmácia pela Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-
MT. rogerarzabe@gmail.com.
5
FERREIRA, Angélica Cândida; Doutora (2020) em Botânica (PPGB/UFRPE.
6
BUCHARDT, Arlete Tavares, Mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia (2004).
7
GAMA, Ivson Lelis, doutorado em Química Orgânica pela Universidade Federal Fluminense (2012).
8
OLIVEIRA, Lizandra Carla Pereira de; Mestra em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) pelo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso IFMT. carlalcpo@gmail.com
9
KUMMER, Raquel, doutorado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá - UEM
(2015). raquelkummer@hotmail.com
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Notificação SINAN, onde foram notificados os casos apresentados em forma de gráficos de
frequência.
Palavras-chave: Lepra; Infecção; Doença.
Abstract: Leprosy is a contagious disease, which became known as leprosy, affects the skin,
as well as the peripheral nerves, causing neural lesions. It is a chronic disease, transmitted
through contact with an infected person and without due treatment, by Mycobacterium
leprae. This etiologic agent is released into the environment through the airways and can
infect a large number of individuals. Leprosy cases need to be reported compulsorily, being
registered at the national level. The infection can occur in any person, men or women, in any
age group, and in women the highest rates are registered, in the age groups between 50 to 59
years of age. The objective of this work was to carry out an epidemiological survey on
leprosy in the city of Peixoto de Azevedo-MT, between the years 2017 to 2019. The study
was carried out through articles to compose the bibliography and a survey at the city's
Health Department, with data obtained through the Notifiable Diseases Information System
SINAN, where cases presented in the form of frequency graphs were notified.
Keyword: Leprosy; Infection; Disease.
1. INTRODUÇÃO
Hanseníase consiste numa doença contagiosa, transmitida através das vias áreas
superiores (mucosa nasal e orofaringe),não por contato com a pele, sendo causada
pelo Mycobacterium leprae, agente etiológico da doença. Em Mato Grosso os casos
identificados de hanseníase são relatados após poucosanos da criação da Capitania de Mato
Grosso, em 1973. (QUEIROZ, 2009).
Segundo o guia para controlar a doença denominada de hanseníase (2002), esta é
fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quandodiagnosticada e tratada
tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas
lesões que os incapacitam fisicamente.
O objetivo desse trabalho foi um levantamento epidemiológico da hanseníase na
cidade de Peixoto de Azevedo-MT, para avaliar o índice de casos, frequência das infecções,
faixas etárias mais frequentes a se contaminar, frequência de infecções entre homens e
mulheres, se houve cura ou óbito durante o ano de diagnóstico, sendo entre os anos de 2017
a 2019.
2. EPIDEMIOLOGIA DA HANSENIASE
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Segundo o manual técnico operacional da hanseníase (MOH) (2016), considera-se
caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais,
necessitando de tratamento com poli-quimioterapia (PQT): a) lesões ouáreas da pele com
alteração da sensibilidade térmica, ou dolorosa ou tátil; b) espessamento de nervo
periférico, associado à alterações sensitivas ou motorasou autonômicas; c) presença de
bacilos M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biopsia de
pele.
Segundo Nunes et al. (2011), estima-se que somente uma parcela da população que
entra em contato com a bactéria manifesta a doença, alguns casos levam de 2 a 7 anos para
se manifestar, acomete em especial a pele, atingindo, ainda, nervos periféricos. Pode,
também, manifestar-se de modosistêmico, atingindo os olhos, testículos, gânglios, também,
as articulações e vários outros órgãos.
O guia prático para realizar ação decontrole da doença em questão, produzido pelo
Ministério da Saúde (2001), diz que, dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam
resistência ao bacilo, constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um pequeno
número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras pessoas. Algumas pessoas,
um menor número não apresenta resistência ao bacilo o qual se multiplica no seu organismo
passando a ser eliminado para o meio exterior, podendo infectar outras pessoas. Estas
pessoas constituem os casos Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e manutenção
da cadeia epidemiológica da doença.
Para que haja a prevenção da doença é necessário que os casos sejam notificados, a
fim de que os pacientes recebam o devido tratamento. Conforme pontuado por Nunes et al.
(2011), o diagnóstico da hanseníase é realizado essencialmente pelo serviços de Atenção
Básica de Saúde, mediante o exame dermatoneurológico, com o objetivo de identificar
lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade, assim como do comprometimento, ou
não, de nervos periféricos.
As unidades de saúde básica tratam casos que requerem técnicas simples como:
educação em saúde, exercícios preventivos, adaptações de calçados, férulas, adaptações de
instrumentos de trabalho e cuidados com os olhos. Os casos de incapacidade física, que
requererem cnicas complexas, precisam ser encaminhados aos serviços especializados ou
serviços gerais de reabilitação. (MOH, 2016).
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Conforme pontuado por MOH (2016), a hanseníase consiste numa doença de
notificação compulsória e de investigação obrigatória. Os casos diagnosticados devem ser
notificados, utilizando-se a ficha de Notificação/Investigação, do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação”. (SINAN).
Segundo o guia prático para controle da hanseníase, produzido pelo Ministério da
Saúde, (2001), quando a pessoa doente inicia o tratamento quimioterápico, ela deixa de ser
transmissora da doença, pois, as doses iniciais da medicação tornam os bacilos inviáveis,
isto é, incapazes dealcançar e produzir a doença em outras pessoas.
2.1 Metodologia
Foi realizado um estudo bibliográfico, para melhor conhecer a epidemiologia da
hanseníase, e se familiarizar com essa doença de alto índice infecioso. O método utilizado
para este trabalho foi um estudo de caso na cidade de Peixoto de Azevedo, afim de
identificar os casos notificados, durante o período de 01 de janeiro de 2017 a 31 de
dezembro de 2019. A técnica de amostragem empregada foi a probabilística, através de
gráficos para evidenciar a frequência com que ocorrem casos de hanseníase segundo os
dados coletados.
2.2 Análise dos resultados
Os dados para elaboração deste artigo foram coletados pelo Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (SINAN). Segundo Laguardia et al. (2004), esse site foi
desenvolvido no início da década de 90, tendo como principal objetivo realizar coleta e
processamento dos dados sobre notificações de doenças compulsórias em todo o país,
fornecendo informações para a análise do perfil da morbidade e contribuindo, dessa forma,
para a tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e federal.
A pesquisa foi realizada na cidade de Peixoto de Azevedo, os dados foram cedidos
pela Secretaria de Saúde, o objetivo foi realizar uma análise quantitativa no período de 2017
a 2019, como mostrado na figura 1.
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Figura 1 Casos de hanseníase notificados na cidade de Peixoto de Azevedo
O gráfico 1 mostra a quantidade de casos notificados nos anos de 2017 a 2019,
percebeu-se que a cada ano que se passou aumentou o índice de infectados, aumentando em
24% a mais em 2018, 36% em 2019.
A Secretaria Municipal de Saúde (2019),promoveu nos dias 17 e 18 de setembro de
2019, uma oficina de Atualização sobre Hanseníase, ofertando aulas teóricas e práticas com
o Médico Referência de Hanseníase no Estado de Mato Grosso Dr. Jaison Antônio Barreto
juntamente com a Secretaria Estadual de Saúde. Objetivando promover o diagnóstico ainda
no início da doença, precocemente, do maior número possível de evidências de Hanseníase
na população da região.
Figura 2 Apontamento e notificação dos casos de hanseníase por faixa etária
1
12
7
9
18
21
10
15
18
10
36
32
23
51
47
24
58
99
26
87
106
19
50
49
6
12
18
1
1
5
0
20
40
60
80
100
120
2017
2018
2019
casos
5 a 9
30 a 39
40 a 49
80 ou mais
129; 15%
340; 39%
402; 46%
2017
2018
2019
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Conforme o guia prático, produzido pelo Ministério da Saúde (2001), a hanseníase
pode alcançar pessoas de qualquer idade, de ambos os sexos, no entanto, raramente ocorre
em crianças. Observa-se que crianças, menores de quinze anos, adoecem mais quando
uma maior endemicidade da doença.
A figura 2 mostra que Peixoto de Azevedo, apesar dos casos em crianças serem raros
em 2018, foram notificados 12 casos em crianças menores de 10 anos, em ambos os anos as
idades de maiores notificações foi entre 50 a 59 anos de idade, e menor incidência em
pessoas de 80 anos ou mais.
Figura 3 Classificação de casos notificados de hanseníase por sexo e ano de diagnóstico
Ainda segundo o guia prático para controle da hanseníase, publicado pelo Ministério
da Saúde (2001), uma incidência maior da doença nos homens do que nas mulheres, na
maior parte das regiões do mundo. O gráfico 3, mostra que na cidade de Peixoto de
Azevedo, nos 3 anos da pesquisa o índice de notificação de mulheres com hanseníase é
maior que a de homens, aumentando ainda mais em 2019, com uma diferença de 12% a mais
nas mulheres, em 2017 a diferença era de 6,8% para as mulheres, e em 2018 o menor índice
de diferença entre homens e mulheres, 2,8% a mais de mulheres.
60
165
177
69
175
225
0
50
100
150
200
250
2017
2018
2019
Maculino
Feminino
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Figura 4 Classificação de casos notificados por tipo de saída conforme ano de diagnóstico
A figura 4 mostra a frequência dos casos notificados por tipo de saída em cada ano,
quantos casos obtiveram a cura, 99 casos com tratamento obtiveram a cura em 2017, em
2018 aumentou em 24% o índice de infectados, mas a cura alcançou mais da metade dos
pacientes tratados, em 2019 houve um novo aumento em 36%, mas como muitos não
voltaram para o prognóstico e outros abandonaram o tratamento apenas 3 pacientes
conseguiram se curar. O índice de óbitos por infecção de hanseníase, foi bem baixo nesses
três anos, apenas 3 óbitos, duas mortes em 2017 nenhuma registrada em 2018, e 1 morte
registrada em 2019.
Durante o período da análise 2 casos foram transferidos entre PSFs, entre
municípios foram transferidos 24 casos para outras cidades, e 16 casos foram transferidos
para outros estados, 43 casos abandonaram o tratamento. Entre os casos, ainda houve 472,
que não voltaram para o prognóstico após o tratamento.
2.3 Discussão
A hanseníase é transmitida por vias aéreas pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou
bacilo de Hansen, sendo um parasita intracelular obrigatório, possui afinidade por células
cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa
infectada, podendo se multiplicar. É transmitida de um ser humano para outro, não tendo
assim outra forma de contaminação, a não ser por uma pessoa infectada sem o devido
tratamento. “O tempo de multiplicação do bacilo é lento, podendo durar, em média, de 11 a
16 dias.” (GUIA PARA CONTROLE DA HANSENÍASE, 2002).
9
101
362
99
189
3
0
1
1
5
15
4
4
4
8
2
0
1
5
22
16
5
8
7
0
100
200
300
400
2017
2018
2019
Não preenchido
Curados
Transf entre PSF
Transf entre municipios
Transf entre estados
Óbitos
Abandono de tratamento
Erro no diagnostico
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A doença pode demorar anos para se manifestar em uma pessoa infectada, ou até
mesmo não se manifestar, pode acontecer com pessoas de qualquer idade, inclusive crianças.
O risco é maior em pessoas que tem contato direto com infectados que ainda não receberam
tratamento, pois, após o tratamento, não há riscos de infecção.
O diagnósticoprecisa ser feito o mais breve possível, sendo realizado através de
exame geral e dermatoneurólogico que tem por objetivo localizar lesões, assim como, áreas
de pele que tenham alteração quanto à sensibilidade ou que tenham algum comprometimento
quanto aos nervos periféricos ou baciloscopia positiva. Dessa forma é possível realizar o
tratamento adequado, evitando evolução da doença para estágios mais graves o a
contaminação de outras pessoas.
Segundo a Secretária de Saúde, Adrana, o tratamento na cidade de Peixoto de
Azevedo, é realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que disponibiliza os
medicamentos, fazendo, também, o acompanhamento da doença, em suas unidades de
saúde. Os medicamentos são eficazes e seguros. Em crianças os medicamentos são
administrados seguindo diretrizes de peso e idade.
A secretaria de saúde também relatou que são realizadas campanhas de
conscientizão da hanseníase em escolas e postos de saúde da família, objetivando evitar
a propagação da doença, que aumenta o índice a cada ano.
3.0 CONCLUSÃO
Diante do exposto, conclui-se que a hanseníase acomete mais mulheres do que
homens e que, infelizmente, há um grande aumento nos casos durante os anos. Além disso, a
grande maioria dos acometidos desistem do tratamento, por ser demorado e, às vezes,
doloroso, o que compromete a terapia medicamentosa e não reduz o número de casos. Desta
forma, torna-se imprescindível o papel dos profissionais de saúde no acolhimento dos
acometidos para que sejam orientados de forma correta e que tenham apoio durante o
tratamento para que sejam curados e, consequentemente, alcancem melhor qualidade de
vida.
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REFERÊNCIAS
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das Doenças
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<www.saude.gov.br/svs>Acesso em: 28 de março de 2020.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Controle da hanseníase na atenção básica: guia prático para profissionais da
equipe de saúde da família. 2001. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hanseniase_atencao.pdf > Acesso em: 28 de
março de 2020.
Brasil. Secretaria municipal de Saúde. Está acontecendo em Peixoto de Azevedo Oficina
de Atualização de Hanseníase. 2019. Disponível em: <
https://www.peixotodeazevedo.mt.gov.br/Noticias/Esta-acontecendo-em-peixoto-de-
azevedo-oficina-de-atualizacao-de-hanseniase/ > Acesso em: 28 de março de 2020.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Guia para o Controle da hanseníase.2002.
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf>
Acesso em: 28 de março de 2020.
LAGUARDIA, J et al.Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan):
desafios no desenvolvimento de um sistema de informação em saúde. 2004. Disponível
em: < http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742004000300002> Acesso em: 28 de março de 2020.
NUNES, J. M et al. Hanseníase:conhecimentos e mudanças na vida das pessoas
acometidas. 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000700065>
Acesso em: 28 de março de 2020.
QUEIROZ, M. L. A hanseníase no estado de mato grosso. 2009. Disponível em: <
http://www.saude.mt.gov.br/upload/documento/97/dissertacao-de-maria-de-lourdes-de-
queiroz-a-hanseniase-no-estado-de-mato-grosso-[97-021209-SES-MT].pdf> Acesso em: 28
de março de 2020.